Precisei fazer uma pausa e ir ao oftalmologista. Na verdade fui apenas ao consultório fazer a cópia da receita para um novo óculos, pois perdi o meu há alguns dias. Precisava com urgência e, mesmo sabendo que o ideal seria fazer uma nova consulta, achei melhor pegar a receita antiga.
Ao chegar à clinica, me surpreendi com as mudanças feitas no local (minha última consulta havia sido feita há quatro anos). Um elegante elevador descia na recepção, levando os pacientes diretamente ao consultório. Televisores de Led, enormes, entretinham quem esperava confortavelmente na sala de espera. Tudo muito bonito e bem cuidado.
Mas o que me surpreendeu mesmo não foram as mudanças do ambiente. O que me fez sair dali encantada foi o atendimento de uma jovem atendente.
Em tempos em que a correria e o mau humor sobressaem na sociedade, é difícil encontrarmos pessoas pacientes e dispostas a ajudar, mesmo sem a possibilidade de lucro imediato.
Em momento algum forçou uma nova consulta. Apenas perguntou se eu não acharia mais adequado consultar novamente, devido ao tempo em que eu havia feito a última. Como respondi que não tinha tempo e que estava apertada no momento para pagar uma nova, ela simplesmente sorriu e disse: “vou resolver pra você”.
Como havia dúvidas na cópia que fez pelo sistema, foi até o médico, voltou para certificar-se e retornou para concluir a receita. Foram quase 20 minutos de atendimento em que pude aguardar calmamente, assistindo à programação da TV.
No final, conversamos por 5 minutos. Ela falou de seu casamento próximo e eu falei do casamento de meu irmão, que acontece em dois meses. Trocamos ideias, falamos sobre despesas e nos despedimos. Saí com a receita na mão e com o coração grato por ter sido tão bem atendida.
Talvez você pense: Ela não fez mais que sua obrigação!
Realmente…
Mas nesses tempos modernos é tão difícil achar isso…
É comum nos depararmos, no nosso dia a dia, com pessoas nervosas, estressadas, mal humoradas. Receber um atendimento onde você é atendido com respeito e consideração, não como um número ou fatura, é digno de comentário e de louvor.
Mas onde eu quero chegar partilhando isso com você hoje?
Quando saí da clínica, o Espírito Santo me disse: É assim…
Entendi na hora. Não tinha como ter dúvidas.
É assim…
Ainda não entendeu?
Não precisamos de muita coisa para fazermos a diferença no nosso dia a dia.
Normalmente, quando pensamos em falar de Jesus, pensamos em grande pregações, grandes eventos ou grandes ações sociais.
Nos esquecemos que nossa tarefa é diária e que é nosso testemunho, através das pequenas atitudes, que faz a diferença e pode mudar a vida de alguém
Aquela moça não pregou, não falou de religião e muito menos declarou alguma profecia. Ela simplesmente exerceu o seu papel com esmero, dedicação e profissionalismo. Respeitou quem precisava de auxílio e fez o que devia fazer.
É assim…
As grandes ações são importantes para contextos específicos, mas no dia a dia, o que faz a diferença e conquista o ser humano são as pequenas atitudes.
José fez tudo o que tinha que fazer com seriedade e dedicação. Como recompensa, destacou-se por todos os lugares por onde foi levado, antes de se tornar grande autoridade no Egito. Não foram grandes milagres que fizeram de José diferente, mas sua postura de excelência, que Deus honrava e exaltava.
É assim…
Fazer o melhor com excelência e dar um testemunho que não se limita a palavras mas chama a atenção pelas atitudes
Você já pensou que a maioria das pessoas ao se redor pode ser conquistada pelo seu sorriso, pela sua atenção e pelas suas atitudes?
O grande problema de muitos cristãos é que eles falam de Cristo, mas não o apresentam a ninguém. Isso porque não tem intimidade e não convivem com Ele.
Ouvem falar de um Deus que é amor e que é excelente em tudo, mas não vivem esse amor e não buscam essa excelência…
Quer fazer uma grande obra social? Quer fazer a diferença?
Então tenha atitude e busque fazer o melhor, seja no trabalho, em casa, na Igreja ou até mesmo na rua.
Dê o seu melhor em tudo que puder e certamente você mudará a realidade que o cerca.
É assim…
Por Deyse melo
