sexta-feira, 31 de maio de 2013

CONSTRUA PONTES EM VEZ DE CAVAR ABISMOS




Somos construtores de pontes, não cavadores de abismos. Somos ministros da 
reconciliação, não promotores de contendas. Somos pacificadores, não 
geradores de intrigas. O ministério da igreja é de aproximação das pessoas e 
não de afastamento delas. Somos um só corpo e membros uns dos outros. Quando 
um membro do corpo sofre, todos sofrem com ele; quando um membro é 
promovido, todos se regozijam com ele. Para isso, precisamos tomar algumas 
medidas.

Em primeiro lugar, reconhecer que somos falhos e erramos uns com os outros. 
Não somos uma comunidade de pessoas perfeitas. Nós ainda estamos sujeitos a 
falhas e tropeçamos em muitas coisas. Isso obviamente não nos dá o direito 
de errarmos intencionalmente. A vida cristã não nos dá uma imunidade para 
pecar. Precisamos ser vigilantes para não sermos pedra de tropeço para os 
nossos irmãos. Porém, o fato de errarmos uns com os outros não anula o fato 
de que somos uma só família e um só rebanho. O apóstolo Paulo admite que na 
igreja há momentos em que temos queixa uns dos outros.

Em segundo lugar, reconhecer que o caminho do arrependimento e do perdão é a 
única forma de construir pontes em vez de cavar abismos. Um cristão 
demonstra sua maturidade espiritual quando reconhece seu erro e tem 
disposição de pedir perdão. Não há comunidade saudável sem o exercício do 
perdão. Somos a comunidade dos perdoados e dos perdoadores. Quem não perdoa 
não pode orar, não pode ofertar, não pode ser perdoado. Quem não perdoa 
adoece emocional e fisicamente. A Bíblia diz que precisamos perdoar uns aos 
outros como Deus em Cristo nos perdoou. Esse perdão deve ser imediato, pleno 
e definitivo. O perdão sara as feridas, restaura os relacionamentos, produz 
comunhão e glorifica a relacionamentos, produz comunhão e glorifica a Deus. 
Ferir uns aos outros ou guardar mágoas produz doença emocional e desavença 
relacional. É tempo de construirmos pontes em vez de cavarmos abismos em 
nossos relacionamentos dentro da nossa família e da igreja.

Em terceiro lugar, reconhecer que Deus nos chamou para sermos ministros da 
reconciliação. Nós fomos chamados para pregarmos a reconciliação do homem 
com Deus e do homem com o próximo. Nós fomos vocacionados para construirmos 
pontes em vez de cavarmos abismos. Os filhos do Reino são pacificadores e os 
pacificadores são chamados filhos de Deus. A Bíblia diz que o amor cobre 
multidão de pecados. Quem ama busca a reconciliação.

Em quarto lugar, reconhecer que nenhuma vitória tem gosto de vitória se a 
comunhão fraternal é quebrada. A única vitória que glorifica o nome de 
Cristo é a decisão de restaurar o que foi quebrado, de aproximar o que foi 
afastado. Paulo diz: "no que depender de vós, tende paz com todos os 
homens". Ainda diz que se preciso for, devemos sofrer o dano para construir 
as pontes da reconciliação. A Palavra de Deus diz que devemos ter o mesmo 
sentimento que houve também em Cristo. Ele não revidou ultraje com ultraje. 
Ele rogou ao Pai que perdoasse seus algozes e até mesmo atenuou-lhes a 
culpa, dizendo que eles não sabiam o que estavam fazendo. A Bíblia inteira é 
um apelo à reconciliação com Deus e a reconciliação fraternal. O apóstolo 
Paulo chega a afirmar que se não houver perdão dentro da igreja, Satanás 
leva vantagem sobre nós. Que Deus nos ajude a amar uns aos outros, a dar a 
nossa vida uns pelos outros, a perdoar uns aos outros como Deus em Cristo 
nos perdoou e a construirmos pontes em vez de cavarmos abismos.


Pr Hernandes Dias Lopes