quinta-feira, 16 de maio de 2013

FOGO ESTRANHO




Amados, esta semana o Senhor me falou muito fortemente sobre os versículos 1 e 2 de Levítico 10. Leiam comigo: “E OS filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR”.
Perguntei em meu coração: o que seria esse fogo estranho?
No finalzinho do versículo 1 há uma pista: o que não lhes ordenara.

Mas se você conhece a história, você sabe que Nadabe e Abiú eram filhos de Arão. Junto com o pai e seus outros irmãos eles foram designados pelo Senhor a cuidar do altar e fazer o sacrifício. Tinham sido separados para este ofício, designados Levitas da casa do Senhor. Como então o Senhor não os ordenara? Se tinham sido separados pelo próprio Deus por que estavam errados, por que foram consumidos?
Amados, ser separados por Deus não nos dá o direito de fazer  da obra do Senhor o que queremos e do jeito que queremos. Pelo contrário, é por sermos separados por Ele que temos que estar mais ligados, mais dependentes, mais sintonizados à sua vontade.
Nadabe e Abiú cometeram o terrível erro de passar à frente de Deus. Foram negligentes e presunçosos. Acharam que podiam fazer de qualquer jeito e à qualquer hora. Pagaram um alto preço.

Assim tem muita gente agindo no meio cristão nos dias de hoje. Estão fazendo a obra de forma negligente. Presunçosos e vaidosos conduzem a palavra conforme seus interesses próprios. Querem enriquecimento, fama, poder. Aqueles que não se concertarem enquanto há tempo, pagarão um alto preço.
Em Mateus 7:21-23 está escrito: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
Nem todo aquele que disser Senhor, Senhor…

Talvez você esteja pensando então: Isso é para os cantores e pastores pop star’s, para aqueles que cobram pregar para pregar, que inventam modismos para lucrar…
Amados, preciso lhes disser que, assim como estes prestarão contas ao Senhor, NÓS também prestaremos conta!
E cabe-nos a pergunta: Que tipo de fogo temos oferecido ao Senhor? Como temos conduzido nossa vida e como temos chegado diante do altar do Senhor?
O que temos oferecido a Ele? Fruto de nossa vaidade e ambição ou de nossa obediência e fidelidade? Que tipo de fogo temos oferecido ao Senhor? Como temos chegado diante de seu altar?

O que fazemos é fruto de que, de nossos desejos ou da vontade perfeita do Senhor? Que tipo de motivação nos tem levado a fazer a sua obra? Vamos para a igreja com o desejo de ganhar bênçãos e ver milagres ou de adorar ao Senhor? Queremos pregar ou louvar porque, com o coração puro, desejamos nos dedicar a Ele e dar o nosso melhor ou porque fulano aparece e nós também queremos aparecer?
Amados, muitos transformaram a obra do Senhor em degraus de prosperidade e  ascensão social, nós não podemos nos dobrar a isso!
Talvez, no entanto, você pense: Mas Nadabe e Abiú viveram na época da antiga aliança, por isso foram consumidos. Isso não aconteceria nos dias de hoje. Jesus nos trouxe uma nova aliança…

Ei…
A nova aliança não veio anular a antiga, mas veio aperfeiçoar…
Jesus disse: Nem todo aquele que disser Senhor, Senhor!
Jesus nos alertou para o risco de vivermos segundo o nosso querer, segundo nossos desejos e fantasias. Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? (Mc 8:36)

Pense nisso…
Nesta quinta-feira eu te convido a fazer uma análise de sua vida e de como e o que você tem ofertado ao Senhor. Que motivações o tem levado diante do Altar?

Reflita, ore, deixe o Espírito Santo falar ao seu coração. E, se houver algum fogo estranho em meio à sua oferta, mude o que for preciso, Deus ouvirá a sua oração!


Por Deyse Melo