quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Parou Por Que? Por que Parou




Quan­do todas as vasilhas estavam cheias, ela disse a um dos filhos: “Traga-me mais uma”. Mas ele respondeu: “Já acabaram”. Então o azeite parou de correr. (II Reis 4:6)


 Em praticamente todas as mentes e bocas deste nosso território nacional a expressão que encabeça este artigo permanece viva e inesquecível. Seja por determinada música popular na década de 80, como por um célebre comercial automotivo já na década de 90, o certo é que este jargão tornou-se popularmente conhecido.
Entretanto, percorrendo as páginas do Velho Testamento, chegamos no segundo livro dos Reis, no capitulo quatro e versículo seis, em que essa expressão poderia ser adaptada. Lá estava o profeta Eliseu às voltas com uma pobre viúva e seus dois filhos, padecendo cruel necessidade, mal tendo com o que se alimentar.
   O homem de Deus, divinamente inspirado pelo Senhor, instruiu a senhora, que lhe declarara possuir tão somente uma botija de azeite, que pedisse às vizinhas muitas vasilhas vazias. Por certo aquela mulher considerou estranha aquela ordem, mas, fez o que o profeta lhe orientara.
Foram chegando os vizinhos e entregando suas vasilhas a um dos filhos da viúva. Ela, munida de sua única botija com azeite, ia enchendo aqueles vasilhames. Tomando das mãos do filho a vasilha que restara, pediu outras. Seu filho, mais que depressa, respondeu que não havia mais vasilhas. E então o azeite parou. Parou por que? Por que parou? Porque se haviam acabado as vasilhas e não por falta de azeite.
   Deus age de forma semelhante ainda hoje. Suas bênçãos são incontáveis e inumeráveis. Não têm fim. Sua unção é ilimitada. Jamais acaba. Seu amor, então, é infinito. Sua Palavra aos nossos corações é constante e farta. Contudo, se não estivermos dispostos a escutá-Lo e nem nos importarmos em receber Suas bênçãos, unção, amor, certamente tudo cessará.
Igualmente não podemos nos queixar que, para cumprir a ordem dada por Jesus em Marcos 16:15 – “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” -  não disponhamos de meios para realizar essa tarefa. Possuímos a unção de Deus, Sua Palavra em nós e até mesmo a literatura para entregar e distribuir às almas que estão perdidas sem salvação (Bíblia, Novo Testamento, folhetos, etc.). Este material não cessará a não ser que deixemos de buscá-los.
   O estoque do azeite celestial é inesgotável. Tanto quando se refere ao óleo da unção que se derrama sobre nós, quanto ao se referir à maneira pródiga como o Senhor nos nutre com Suas infindas bênçãos.
   Nosso propósito enquanto habitamos esta terra é glorificar o Seu nome e honrar o amor que Ele tem por nós. E cabe a nós compartilhar do que recebemos de Deus.
   À viúva restava-lhe uma simples botija de azeite, mas, com esse pequeno conteúdo foi o instrumento para que o milagre acontecesse. Talvez, tenhamos algo de muito pequeno ou até mesmo que consideremos desprezível em nossa vida, entretanto é por meio desse mero detalhe que algum fato maravilhoso poderá ocorrer.
   Qual a pequena quantidade de azeite de que dispomos? De quantas vasilhas podemos nos munir? De que tamanho é a nossa fé?
   Repare que à indagação do profeta, a viúva foi logo respondendo que não tinha nada em casa...senão uma botija de azeite... Jamais deveremos incorrer nesse fato. Sim, temos algo em nós que é valioso para o Senhor: temos nossa vida, nossa salvação, nossas promessas em Cristo, a eternidade com o Senhor! E fundamentado nisto adiantemo-nos e anunciemos a salvação para os que jazem à deriva no mundo sem um Salvador.
   Estejamos sempre munidos de um exemplar de um Novo Testamento, ou um simples folheto para, quando a oportunidade chegar – o anúncio da salvação em Cristo Jesus -, não tenhamos que nos queixar que não dispúnhamos de “vasilhas” para receber o azeite farto dado por Deus.
   Parou por que? Por que parou? O azeite do Senhor jamais pára. Nós é que limitamos a Sua bondade. Vá, pegue mais “vasilhas” e espere a recompensa que o Senhor lhe dará.

Pr  Clênio Caldas