quinta-feira, 28 de março de 2013

PASTOR CONVOCA FIÉIS PARA “GUERRA”




Queridos,

Nos últimos meses temos acompanhado pela mídia uma intensa discussão sobre a legalização dos direitos dos homossexuais. O que me preocupa e, de uma certa forma, assusta, é como esse caminho de discussão tem sido conduzido – os ataques que evangélicos e católicos tem sofrido por manifestarem a sua opinião e a reação de alguns líderes que, em seu direito de expressão, tem sido infelizes em algumas declarações. Hoje li, por exemplo, uma notícia no Gospel Prime que novamente  me deixou alarmada: um Pastor convocando os membros de sua igreja a uma “guerra” entre a Marcha para Jesus  e  a Parada Gay.

Não o conheço e, como não acompanhei o caso de perto, não sei quais foram as motivações que o levaram a tal idéia, mas temo este tipo de reação. Por maiores que sejam nossas convicções, precisamos saber como defendê-las.
Não podemos permitir que esta situação ganhe contornos de guerra ou confronto. Se espiritualmente sabemos, segundo a Palavra, que estamos em combate diário não contra a carne e o sangue, mas contra os principados e potestades que circulam pelos ares; no mundo material, na nossa vida em sociedade, precisamos agir com sabedoria e prudência. Não ganharemos ninguém pra Jesus com palavras de guerra e intolerância, mas estaremos, desta maneira, apenas dando brechas para a ação do inimigo.
Vale a pena ressaltar um fato: Vocês já perceberam que toda essa polêmica está surgindo justamente no momento em que cresce o número de evangélicos no Brasil?  Justamente no momento em que a sociedade começa a enxergar o evangélico com respeito e admiração? Justamente quando as grandes gravadoras e emissoras começam a dar mais espaço para este segmento?
É importante dizer que oposição ao homossexualismo sempre ouve no meio evangélico – não à pessoa do homossexual. Não seria oportuno para quem não vê com bons olhos o crescimento de evangélicos no país criar levantar toda essa polêmica, para pôr em dúvida nossas convicções e nosso posicionamento social?
A quem interessa tirar do evangélico sua liberdade de expressão?
Repito: É momento, mais do que nunca, de vigiar e orar. É momento de clamarmos ao Senhor por sabedoria e discernimento. O combate à pessoa do homossexual é inadmissível porque nossa oposição não é contra eles, mas contra a prática do pecado. É momento também de orarmos pelas lideranças evangélicas, para que saibam lidar com a situação com sabedoria, AMOR e discernimento.

Vejam a matéria que posto a seguir e tirem suas conclusões. É horar de vigiar…

PASTOR CONVOCA FIÉIS PARA “GUERRA” ENTRE MARCHA PARA JESUS E PARADA GAY



Na manhã desta quinta-feira (18), foi hasteada, pela primeira vez na história da cidade de Maringá, no Paraná, uma bandeira que representa o movimento LGBT.
Originalmente, seria hasteada em frente à Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM), mas Sônia Letícia, Procuradora Jurídica da universidade, não permitiu. Mesmo assim para o movimento gay na cidade esta é uma vitória. O evento que acabou ocorrendo no parque da cidade serviu para lembrar o dia internacional do combate a homofobia.
Já o presidente da Ordem dos Pastores de Maringá, Paulo Klingelfus pediu em seu perfil no Facebook para que os cristãos da cidade fizessem “uma guerra” contra a Parada LGBT de Maringá, programada para o próximo domingo (20).
Ele usou o versículo da Bíblia de Efésios 6:12, “Nossa luta não é contra carne nem sangue mas contra principados”. Também comentou “O versículo nos chama para uma guerra, não contra aos homossexuais, mas contra tudo o que está por traz deste movimento. Nós cristãos amamos os homossexuais, mas não podemos nos calar diante do pecado, a guerra está travada”.
O resultado de sua convocação poderá ser visto hoje, quando as igrejas de Maringá e região estarão promovendo a Marcha Para Jesus. O pastor enfatizou: “no dia seguinte o movimento gay estará realizando também em Maringá a sua passeata, o que para muitos possa até parecer normal, nos mostra o verdadeiro propósito, pois estão mobilizando caravanas de várias cidades do Brasil para que venham participar”.
Mas a repercussão foi bastante negativa na imprensa local e rapidamente reascendeu o debate sobre os evangélicos serem homofóbicos.
Luiz Modesto, um dos líderes da Parada Gay da cidade rebateu: “Os LGBT de Maringá não estão em guerra contra nenhuma igreja ou crença, só estão buscando a garantia dos direitos civis da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. A Constituição Federal já diz que somos todos iguais perante a lei, só estamos relembrando as autoridades desse artigo”.
Modesto enfatizou que a data da Parada LGBT de Maringá foi definida um mês antes da Marcha Para Jesus e que a data 20 de maio, marca o final da Semana Maringaense de Combate à Homofobia, prevista desde 2010 pela mesma lei que criou o Dia Municipal de Combate à Homofobia.
Esse não é o primeiro embate entre os gays e os cristãos na cidade. Quando decidiram usar a imagem da catedral local no pôster de divulgação, os organizadores atraíram críticas dos líderes católicos de Maringá.

Fonte: Gospel Prime, com informações TN Online